Ajahn Santikaro, autor do artigo, estará em breve entre nós no Brasil para dirigir o retiro de Carnaval deste ano.

Esta é a 2a. parte de um artigo foi escrito em 1988 para o jornal católico Monastic Studies. A parte 1 pode ser encontrada aqui. Desde então, Ajahn Buddhadasa morreu e outros têm dirigido o monastério que ele fundou em 1932. Há algumas direções novas e, de alguma forma, o estilo é diferente, embora ele ainda seja um bom lugar para onde muitos vêm para aprender e praticar o Dhamma. Mais próximo ao que está em voga no buddhismo tailandês em comparação ao passado e com menos atenção ao legado reformista de Ajahn Buddhadasa, os ideais descritos abaixo, no entanto, ainda são válidos e continuam a motivar aqueles que buscam a libertação por meio do desapego ao “eu” e “meu”.

Dever: Trabalho e Serviço

Todo monastério depende de trabalho físico, desde a preparação dos alimentos até a manutenção. Algumas vezes, colaboradores laicos fornecem e arrumam tudo, deixando aos monges a tarefa de realizar cerimônias, estudar, ensinar, meditar e outros atos considerados “sagrados”. Com certa frequência, especialmente na área rural, os próprios monges devem fazer a maior parte do trabalho, o que faz com que se tornem habilidosos, com destaque para o trabalho na construção civil. Infelizmente, raramente esse trabalho é visto como prática do Dhamma – necessário, sim; valioso espiritualmente, não. Esse mal entendido pode frustrar e confundir os bhikkhus que devem fazer esse tipo de trabalho, que podem passar a considerá-lo separado de sua prática e crescimento espiritual.

Em Suah Mokkh, considera-se dever qualquer trabalho necessário, e dever é um dos significados do Dhamma. Cumprir os deveres é praticar o Dhamma. Limpar banheiros é tão necessário quanto estudar as escrituras e meditar, sendo, por isso, uma prática importante e válida. Na verdade, uma pessoa tem menos probabilidade de sentir orgulho de limpar bem um banheiro do que, digamos, fazer sermões. No entanto, a satisfação que existe nisso traz alegria e serenidade que, por sua vez, pode levar ao aprofundamento da sabedoria.

No início, quando um ou alguns bhikkhus viviam em Suan Mokkh, o trabalho era pouco e Ajahn Buddhadasa e qualquer outro que com ele estivesse podia facilmente lidar com ele. Mais tarde, à medida que Suan Mokkh cresceu, houve a necessidade de projetos maiores e trabalhos coordenados. Assim, começou-se uma tradição conhecida como Dia do Trabalho. A cada mês há quatro dias de observância da lua. O dia anterior a cada uma dessas observâncias é uma oportunidade para monges e noviços fazerem exercícios e limparem-se com suor. Nossos corações ficam sujos pelo egoísmo, por isso o limpamos com o trabalho altruísta. Fazer isso a cada sete ou oito dias não tira ninguém dos outros deveres e executam-se tarefas das quais o wat (mosteiro) depende.

Com o crescimento de Suan Mokkh e da fama de Ajahn Buddhadasa, tornou-se necessária a realização regular, muitas vezes diária, de alguns trabalhos. De forma informal e voluntária, diferentes bhikkhus e, algumas vezes, residentes laicos tomam para si a responsabilidade de receber e auxiliar visitantes, ensinar indivíduos e grupos, gravar palestras e copiar fitas cassetes, transcrever palestras, traduzir, cuidar da manutenção e dos monges novos. Não há funções ou escritórios nem estrutura administrativa. Cada um faz o trabalho para o qual tenha habilidade, interesse e necessidade, que considera valioso e satisfatório. Um pequeno grupo de monjas e laicas também ajudam, especialmente na cozinha.

Um pequeno trabalho que é comum a todos os wats na floresta é o de varrer as folhas, ramos e galhos que caem continuamente das árvores. Cada cabana tem uma vassoura bem reforçada (feita de folhagem de palmeiras) e outras ficam espalhadas de forma proposital por todo o wat. Todos ajudam a manter limpas as áreas de estar e públicas, bem como os caminhos. A tarefa sem fim ensina paciência e trabalho por si mesmo. Esse trabalho nunca termina, pois uma folha sempre cai no chão que acabou de ser limpo.

É assim que as coisas são – impermanência, o que é como é. O valor está no trabalho, no serviço sem egoísmo: “O Dhamma varre o coração enquanto a vassoura varre o chão”. Limpeza externa ajuda a cultivar uma mente limpa e despoluída. E quando se faz isso sem qualquer desejo ou apego, quando há apenas o varrer e não aquele que varre, a “mente-vazia” fica descoberta e a vivência direta do Dhamma acontece.

Ensinamentos

Como já está implícito, Suan Mokkh sempre viu o ensinamento como um de seus deveres; na verdade, um dever principal que perde apenas para o estudo, prática e realização espiritual. Qualquer um que tenha se beneficiado do ensinamento de alguma forma tem o dever, por sua vez, de manter o ensinamento vivo, de transmiti-lo para outras pessoas para manter a religião. Buddhadasa Bhikkhu fazia sermões frequentes em outros wats da região antes de fundar Suan Mokkh. Mais tarde, ele ficou bastante ocupado fazendo isso ao redor da província, pela região sul, então cada vez mais em Bancoc e finalmente nas regiões norte e central.  Outros monges de Suan Mokkh têm sido reconhecidos como oradores instruídos, inspiradores e criativos. Agora que Ajahn Buddhadasa não viaja mais, muitos de seus monges, ex-estudantes e outros que foram influenciados por ele, inclusive muitos laicos, estão ajudando a manter vivo e a aprofundar a compreensão do Dhamma de Buddha em wats, escolas, hospitais, órgãos do governo, organizações não governamentais, círculos ativistas sociais e grupos buddhistas (muitas vezes formados por empregados de empresas de médio e grande porte). Suan Mokkh não é a única fonte de energia para ensinar, mas é extraordinário o número de professores respeitados, especialmente laicos, que vêm de lugares fora de Bancoc e fora da tradicional tendência atual. Muitos discordam das ideias que vêm de Suan Mokkh, mas ninguém na Tailândia consegue ficar indiferente a elas. Com o passar do tempo, controvérsia e críticas diminuíram, mas não desapareceram, o que é um bom sinal.(14)

No passado era difícil viajar para Suan Mokkh e a maior parte de seu trabalho de ensinar era realizado por bhikkhus que iam de encontro às plateias. A partir da construção da Asia Highway na nossa porta, e com o rápido crescimento do transporte rodoviário e a aquisição de automóveis (além do serviço de trem que já existia desde o começo), o número de visitantes tem crescido ano após ano. Quase todos os grupos de ônibus de turismo que viajam para o sul param aqui para esticar as pernas. Esperamos que consigam pegar um pouco de tranquilidade mental em meio às arvores antes de seguirem com seu programa agitado, e quando há tempo, os convidamos para o Teatro Espiritual para serem nutridos com o Dhamma. O Teatro é um grande hall coberto externamente com cópias, feitas aqui, de antigas esculturas em relevo dos primeiros santuários buddhistas na Índia, e internamente com uma coleção eclética de pinturas, originais e cópias, de todas as escolas buddhistas, outras religiões, folclores, fábulas e catálogos de flores. Sempre há bhikkhus disponíveis para ajudar os visitantes a descobrirem o significado do Dhamma nessas pinturas. Para a maioria, o Teatro é estranho, porém interessante, algo que pode despertar alguma investigação espiritual. Enquanto o turismo nos wats é algo comum, tirar um tempo para examinar o próprio coração, não. Há acomodação para aqueles que desejam ficar um pouco mais. Como na maioria dos wats na floresta, não há taxas a serem pagas nem limite de tempo para permanecerem. Organizam-se os programas de estudo para os muitos grupos que vêm por alguns dias ou por mais de uma semana. Há grupos de estudantes de colegial e universidade, professores e funcionários públicos, monges e noviços, trabalhadores sociais e aldeões comuns e também estrangeiros. Alguns finais de semana e durante as férias escolares os bhikkhus mais velhos não têm muito tempo para descansar. A maioria dos programas inclui uma introdução à meditação com prática sentada diária. Além disso, os cursos de meditação são organizados regularmente para viajantes estrangeiros, alguns que vêm por curiosidade e outros que vêm para a Tailândia com o propósito de estudar o buddhismo. As instruções são dadas em inglês com a ajuda de monges tailandeses e ocidentais. Por sua vez, para atender às solicitações de grupos tailandeses, os mesmos cursos estão sendo ministrados em tailandês.

Outro avanço de especial interesse é que o hotel mais antigo e famoso de Bancoc, sob a administração do diretor de pessoal, que é um buddhista praticante, tem trazido grupos de funcionários regularmente. O hotel descobriu que salários mais altos não significa ter funcionários felizes e satisfeitos. Na verdade, mais dinheiro leva a mais bebedeira, dívidas e outros problemas pessoais e familiares. A resposta, popular entre funcionários e de resultados positivos, está em ajudá-los a encontrar um significado para suas vidas por meio da compreensão do buddhismo, que é mais profunda que crenças, superstições e cerimônias tradicionais. A mensagem é simples: egoísmo nunca traz felicidade, enquanto altruísmo verdadeiro se transforma em felicidade imediata. A maioria dos funcionários tem vindo e muitos pedem para voltar. Porque Suan Mokkh não é como outros wats, muitos visitantes recebem um olhar renovado do buddhismo, especialmente aqueles que perderam seu interesse pelos wats tradicionais, muitas vezes desatualizados. Suan Mokkh mais parece um parque; faltam-lhe as construções impositivas e caras que intimidam tanto quanto causam medo. O clima é tão informal quanto comprometido, jovial e relaxado, desafiador e amistoso, o que pode fazer com que as pessoas baixem suas defesas e abram seus corações, muitas vezes despertando um pouco da inocência infantil. Enquanto muitos simplesmente aproveitam para relaxar antes de voltar logo para o caos crescente da vida moderna (que Suan Mokkh não inveja), alguns são tocados profundamente. O trabalho e o serviço são sua própria recompensa, mas a paz e a alegria nos olhos dos outros é um bônus agradável. Suan Mokkh não reivindica créditos pelas mudanças nas pessoas. Elas se trabalharam e devem continuar a fazê-lo. E muito do ensinamento não é transmitido por palavras ou pinturas, mas pela natureza. Quem pode realmente conhecer a transformação e o despertar no coração dos outros? É suficiente começar a ver isso em si mesmo e cultivá-lo da forma menos egoísta possível. Servir aos outros é servir ao Dhamma, e quando não há “self” para ser servido a paz verdadeira acontece.

Monges: Ninguém é Especial

Não importa quão único, inovador ou controverso, tudo e todos sem exceção encontram-se no Dhamma, na natureza, na normalidade. Na tentativa de compartilhar a compreensão do Dhamma com os outros, os bhikkhus não devem se colocar no alto como um ideal a ser seguido; eu, por exemplo, estou longe do ideal. Somos monges, eles não, mas nossa humanidade comum fala mais fundo do que qualquer distinção. Há apenas uma verdade, uma Lei; o ensinamento de Buddha serve para todos os seres humanos. É natural que as circunstâncias de nossas vidas variem e, da mesma forma, nossas abordagens do Dhamma. Cada um de nós deve realizar seu dever pessoal , ninguém é “mais sagrado” que o outro. Muitas vezes, coloca-se o “religioso em tempo integral” (algum deles realmente vive a religião em tempo integral no mais fundo do coração?) em um pedestal para ser respeitado, até mesmo adorado, fazendo com que o adorador sinta-se desvalorizado e confuso. Humildade é apropriada, mas denegrir o potencial pessoal do outro, mata. Tanto quanto o costume tailandês permite, Suan Mokkh tenta evitar colocar os monges acima dos outros. A necessidade de reverenciar o Dhamma no próprio coração é para todos. Fazer isso para qualquer outra coisa é superstição.

Para evitar tornar-se especial, para cumprir seu dever satisfatoriamente, o wat deve ser relevante. Os wats tailandeses costumavam ser o centro da vida nas vilas e na cultura tradicional tailandesa. Com a rápida modernização, capitalização e urbanização a tendência é que os wats fiquem cada vez mais na extremidade, exceto quando eles são cooptados. Eles são mantidos à parte para dias e atividades especiais, ao invés de serem uma parte vital da vida diária. Algumas vezes, um wat tenta atualizar-se com pequenos objetos, marketing e jargões. Geralmente, ele acaba sendo esquecido e perde sua base espiritual. Ou ele se agarra a suas tradições, assiste a congregação envelhecer, queimando-os um a um. Quando o wat, igreja ou sinagoga não pode mais falar sua mensagem justa em termos coerentes para sua comunidade, então a sociedade torna-se morta em seu coração. Nesses tempos de confusão, materialismo e egoísmo crescentes, o desafio é manter o espírito vivo e renovar as tradições, manter o fundamento espiritual e falar com a comunidade em palavras espiritualmente práticas. Suan Mokkh está determinado a manter o ritmo com as rápidas mudanças na sociedade, não apenas para ser moderno ou para seguir, mas para liderar. Ninguém acha que é fácil fazer isso. Devemos ser dedicados, sensíveis, abertos, inspiradores, criativos e certeiros na mira. Não importa, preferimos esse serviço mais difícil – ensinar o Dhamma e todo o trabalho interno que ele acarreta – a assistir nossos amigos apodrecerem em um mundo espiritualmente sem significado.

Entendimento Positivo Mútuo

Por muitos anos Suan Mokkh tem funcionado de acordo com as “Três Resoluções” feitas para tentar ajudar todos, da melhor forma que podemos, a penetrarem no coração de sua própria religião; criar entendimento positivo mútuo entre todas as religiões; trabalhar junto para tirar o mundo do materialismo. Muçulmanos e cristãos, as principais minorias religiosas da Tailândia, todas as pessoas religiosas e mesmo aqueles que evitam a religião são bem-vindos aqui. Por curiosidade, boa vontade e necessidade, Suan Mokkh deseja encontrar-se com todas as religiões. O princípio básico é estabelecer um entendimento positivo mútuo, isto é, que cada parte expresse seu entendimento espiritual da forma mais clara que conseguir, com todas as outras partes ouvindo com a mente aberta. Há um dar e receber amistoso. Não se espera concordância, embora ela seja encontrada onde for possível. Percebem-se as diferenças, mas enfatiza-se o que há em comum e como cada uma pode contribuir para a batalha contra o egoísmo, sem intenção de criar uma única religião mundial. As pessoas têm culturas, antecedentes, níveis de educação e habilidades mentais diferentes, por isso a necessidade da variedade de religiões. A chave é evitar que essa variedade seja uma fonte de competição, discussão e conflito.

A ênfase que Suan Mokkh dá à natureza ajuda o diálogo. Todos podem apreciar esse denominador comum maior. Nenhuma religião reivindica a natureza para si mesma; todos podem respeitá-la, compartilhá-la e aprender com ela. Independência e responsabilidade, sem que um lado se coloque como professor, abertura e liberdade de pensamento, dedicação ao trabalho árduo e serviço à humanidade, simplicidade e retidão são qualidades que ajudam a cada um de nós a chegar ao mais profundo núcleo espiritual de nossas tradições. Então conseguimos enfrentar nossos medos e preconceitos em verdadeira irmandade. E para aqueles que ousam, o novo olhar de Suan Mokkh sobre o buddhismo pode explorar todas as tradições. O último projeto de Suan Mokkh é o desenvolvimento de um eremitério internacional do Dhamma. Uma de suas funções será a de organizar cursos de meditação e treinamento de grupos. Ajahn Buddhadasa está mais interessado, porém, em juntar pessoas ligadas às questões espirituais de todas as religiões da Tailândia para promover o entendimento positivo mútuo e cooperação contra o materialismo desenfreado e a decadência moral. Se essas reuniões forem bem sucedidas, e não será tão difícil organizá-las, ele espera fazer o mesmo em escala internacional. Por enquanto, Suan Mokkh aguarda para ver quem ficará interessado.

Conclusão

Ao trazer alguns dos aspectos mais interessantes de Suan Mokkh, expliquei o “porquê” tanto quanto o “quê”, dando as razões para as coisas da forma como as entendo. Além disso, a visão é cor-de-rosa; não discuti nada das fraquezas e dificuldades de Suan Mokkh.  Cada membro da comunidade segue essas ideias da melhor forma que seu entendimento e habilidade permitem. O entusiasmo do autor não significa ser partidário nem que Suan Mokkh é o único caminho ou mesmo o “melhor” caminho. Digamos que esse é o melhor caminho para Suan Mokkh enquanto ele luta para manter o buddhismo vivo e relevante neste atormentado mundo moderno. Espero que essa descrição de um monastério buddhista na Tailândia ajude outros monges a cumprirem o dever vital de criar oásis de clareza, sabedoria e paz. Que nossos oásis, wats e monastérios espalhem a luz da sabedoria compassiva no mundo problemático e sombrio.

… Paz…

Nota do autor, 1996:

Oito anos se passaram desde que este artigo foi escrito, e algumas coisas necessariamente mudaram. Uma delas é que Ajahn Buddhadasa morreu, embora você ainda consiga entender as dicas de sua forma de viver e ensinar enquanto circula por Suan Mokkh. Alguns dos princípios e ideais mencionados anteriormente podem não estar tão claramente definidos pela liderança atual. O autor mudou-se para Dawn Kiam, do outro lado da Asian Highway, que ainda não havia sido concebido quando este artigo foi escrito. Meu entendimento das coisas mudou aqui e ali, mas reescrevê-lo seria desperdício de tempo. Ele expressa o entendimento de uma pessoa sobre um fenômeno impermanente. O lugar e a pessoa mudam, assim como as percepções e as descrições. Exceto em alguns lugares, resisto à tentação de fazer revisões. O que está aqui responde por agora, mesmo que um novo seja escrito mais tarde.

Nota

(14) Se todos concordam com o que falamos ou eles não entendem o quê dizemos ou o quê dizemos é pieguice sem sentido.


Traduzido por Amandina Morbeck
© 2005 Edições Nalanda


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Ajahn Santikaro nasceu em Chicago, EUA. Após formar-se em retórica na faculdade, viajou para a Thailândia como parte do Peace Corps trabalhando como professor de inglês. Lá, encontrou o Buddhismo e assumiu os votos de monge Theravada em 1985. Por muitos anos serviu como tradutor e líder de retiro do Wat Suan Mokkh para o famoso monge thailandês, Ajahn Buddhadasa, cuja obra inspirou toda uma geração de indivíduos socialmente engajados, tanto na Thailândia quanto ao redor do mundo. Foi, por anos, abade do Suan Atammayatarama, um anexo de Suan Mokkh dedicado ao treinamento de monges estrangeiros. Santikaro tem traduzido a obra de Buddhadasa para o inglês desde então. Ele é o fundador do Thinking Sangha, uma comunidade de pensadores buddhistas socialmente engajados, ligados com ensinamentos sobre a paz e a ética para o mundo contemporâneo. De volta aos EUA em 2001, fundou oLiberation Park, em Oak Park, Illinois, uma comunidade para o estudo e a prática do Dhamma, na trSantikaroilha dos ensinamentos de Ajahn Buddhadasa. Santikaro tem um interesse particular no diálogo Cristianismo-Buddhismo e conduziu retiros para religiosos católicos na Thailândia e Filipinas. Por muitos anos foi um amigo especial da World Community for Christian Meditation(WCCM). Participou das peregrinações Way of Peace lideradas pelo Padre Laurence Freeman e pelo Dalai Lama em Bodhgaya; Florença, Itália; e Belfast, Irlanda; e contribuiu com um artigo para o 25o. aniversário do Boletim da WCCM (“Meditando com as Irmãs Filipinas”.) Em outubro de 2000 ele foi um dos palestrantes da John Main Conference em Belfast.

Santikaro é um amigo de longa data da Comunidade Nalanda e de seu diretor, tendo estado no Brasil em 2003, 2006, 2008, 2009, 2010 e 2014.

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