mesaredondaNa última quarta-feira o Nalanda esteve presente no painel da Campanha da Fraternidade promovido pelo espaço cultural das Livrarias Paulinas em Belo Horizonte. Estiveram presentes: Dom Aloísio Vitral, bispo auxiliar de BH; Ricardo Sasaki, psicólogo clínico, tradutor e escritor, diretor do Centro de Estudos Buddhistas Nalanda; Maurício Alves Pereira (Tio Maurício), educador de rua, membro da Pastoral do Menor da Arquidiocese de BH; e Roberlei Panasiewicz, escritor e doutor em Ciência da Religião. O encontro teve como tema “Mística e Desafios na Construção da Justiça e da Paz“. Num ambiente de muita paz, organizado pela presença alegre do Ramón e da Irmã Fátima, o encontro foi aberto muito bem por Dom Aloísio que num tom realmente contemplativo nos levou a refletir sobre a paz e o silêncio. Ele nos lembrou de que a vida não precisa ser vista como um desafio ou uma luta mas, antes, ela é um acolhimento. Ricardo falou em seguida a partir do ponto de vista do Buddhismo, tratando de alguns pontos em comum que unem as religiões e como aqui não se trata de as encaramos como competidores mas sim como amigos que juntos oferecem meios habéis para a eliminação do sofrimento. Ele introduziu três palavrinhas novas para o público essenciamente formado de agentes pastorais, educadores e religiosos cristãos: kilesa, citta e dukkha, contando o interessante encontro de Maha Ghosananda, patriarca do buddhismo cambojano, e o papa João Paulo II. O prof. Roberlei prosseguiu abrindo quatro pontos muito interessantes do diálogo religioso pela paz do ponto de vista da ciência da religião. De forma sucinta e precisa, ele trabalhou as formas de dialogar, a visão mística que se distingue como a contemplação do mundo sob um olhar do transcendente, e as novas formas de percebermos a verdade, como a noção de verdade relacional. Por fim, Tio Maurício terminou com um relato muito amoroso de sua experiência no trabalho nas ruas. O encontro findou com perguntas e respostas da audiência, num ambiente de muita paz.

2 COMMENTS

  1. Felizes, felizes somos nós que pertencemos a diferentes tradições e podemos sentar juntos para conversar.

    Maya

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