paciência

A Árvore que Agia como um Caçador [Impaciência]

Era uma vez, um antílope que vivia nas profundezas da floresta. Ele comia as frutas que caíam das árvores. Existia uma árvore que havia se tornado a sua favorita. Na mesma área havia um caçador que capturava e matava antílopes e veados. Ele colocava frutas como isca debaixo de uma árvore. Então, ele esperava, se escondendo acima dos galhos. Ele segurava uma corda em laço como armadilha pendurada até o chão em torno dos frutos. Quando um animal comia a fruta, o caçador apertava o laço e o pegava.

Certa manhã, o antílope veio até sua árvore favorita em busca das frutas para comer. Ele não viu que o caçador estava escondido nela com seu laço-armadilha pronto. Apesar de estar com fome, o antílope era muito cuidadoso. Ele estava à procura de qualquer perigo possível. Olhando para o pé da sua árvore favorita ele viu as deliciosas frutas maduras que estava procurando, e se perguntou por que nenhum animal tinha comido alguma fruta ainda e, assim, ficou com medo de que algo estivesse errado.

O caçador escondido viu o antílope se aproximando à distância. Vendo-o parar e tomar muito cuidado, ele ficou com medo de não ser capaz de capturá-lo. Ele estava tão ansioso que começou a atirar frutas na direção do antílope, tentando atraí-lo para chegar mais perto. Mas esse era um antílope muito inteligente. Ele sabia que aquelas frutas quando caíam das árvores só caíam para baixo. Uma vez que essas frutas estavam voando na direção dele, ele soube que havia perigo. Então, ele mesmo examinou a árvore com muito cuidado, e viu o caçador nos galhos. No entanto, fingiu não vê-lo.

Ele falou na direção da árvore: “Minha querida árvore frutífera, você costumava me dar os seus frutos deixando-os cair direto para o chão. Agora, joga-os até mim, você não está agindo como uma árvore! Como você mudou os seus hábitos, eu também vou mudar os meus. Vou pegar as minhas frutas de uma árvore diferente a partir de agora, uma que aja como uma árvore!

O caçador percebeu o seu erro e viu que o antílope o tinha enganado. Isso o enraiveceu e ele gritou: “Você pode ter me escapado desta vez, seu antílope inteligente, mas eu vou te pegar na próxima com certeza!” O antílope percebeu que, por ficar muito enraivecido, o caçador se denunciou pela segunda vez. Então, ele falou na direção das árvores novamente: “Não só você não agiu como uma árvore, mas agiu como um caçador! Vocês, humanos tolos, que vivem pela caça de animais. Vocês não entendem que matar o inocente traz prejuízos também para vocês, tanto nessa vida quanto, pelo renascimento, num mundo infernal. Fica claro que nós, antílopes, somos muito mais sábios que vocês. Nós comemos frutas, continuamos inocentes por não matar os outros e evitar assim os resultados danosos”. Assim dizendo, o cuidadoso antílope saltou para a densa floresta e se foi.

Moral da história: O sábio permanece inocente.


Traduzido por André Britto
com a permissão dos detentores do copyright
© 2013 Edições Nalanda

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