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O Buddha também é conhecido como o médico ímpar (bhisakko), o cirurgião supremo (sallakatto anuttaro). É, de fato, um curador sem igual.

O método de exposição do Buddha das Quatro Nobres Verdades é comparável ao de um médico. Como um médico, primeiro ele diagnosticou a doença, depois descobriu a causa do surgimento da doença, então considerou sua remoção e por fim aplicou o remédio.

O sofrimento (dukkha) é a doença; o apego (tanha) é o surgimento da causa-raiz da doença (samudaya); através da remoção do apego, a doença é removida, e essa é a cura (nirodha-nibbana); o Nobre Óctuplo Caminho (magga) é o remédio.

A resposta do Buddha ao brahmana que desejava saber porque o Mestre é chamado de Buddha claramente indica que não era por nenhuma outra razão além das Quatro Nobres Verdades. Aqui está a resposta do Buddha:

Soube o que devia ser sabido,
Cultivei o necessário cultivo,
E o que devia abandonar isso deixei ir.
Portanto, ó
brahmana , sou o Buddha –
Pois Aquele que Despertou eu sou
” [1]

Com a proclamação do Dhamma pela primeira vez, com o ato de colocar em movimento a Roda do Dhamma e com a conversão dos cinco ascetas, o Parque das Gazelas em Isipatana tornou-se o berço da Dispensação do Buddha (sasana) e da sua Comunidade de Monges (sangha). [2]

[1] Sutta-nipata v. 558; MN. No. 92; Vin i. 245; Theragatha. 828.
[2] Em 273 a.C. o Imperador Asoka foi em peregrinação até esse lugar santo, erigindo uma série de monumentos e um pilar comemorativo com um capitólio de leão. Esse capitólio com seus quatro magníficos leões segurando o Dharma-cakra, “A Roda do Dharma”, está agora no museu de Sarnath, Benares, é a coroa oficial da Índia. O festival do Dharma-cakra ainda acontece no Sri Lanka.

Jawaharlal Nehru escreve: “Em Sarnath, próximo a Benares, quase se pode ver o Buddha pregando seu primeiro sermão e algumas de suas palavras gravadas vêm a mim como um distante eco através de dois mil e quinhentos anos. Os pilares de pedra de Asoka me falam em sua linguagem magnífica e falam de um homem que, embora imperador, era maior do que qualquer rei ou imperador”. (The Discovery of India, p. 44).

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