Kiyozawa Manshi (Autor), Alfred Bloom (Introdução), Ricardo Sasaki (Tradutor)

Edição Impressa:
105 p. Edições Nalanda, 2019 | R$ 36,00

Edição Ebook:
Edição ebook pela Amazon
Edições Nalanda, 2014 | Valor: R$ 8,99

Kiyozawa Manshi (1863-1903) foi um filósofo de grande importância para a modernidade japonesa por vários motivos. Consciente da necessidade de responder à filosofia feita no Ocidente, Kiyozawa buscou nas fontes japonesas as bases para sua crítica, ao mesmo tempo em que tentou igualmente uma conciliação entre o pensamento oriental e o ocidental. Ele teve também um papel fundamental na reforma e renovação da maior escola buddhista japonesa, a Jōdo Shinshū (Verdadeira Escola da Terra Pura). Por fim, ele tentou articular, filosoficamente, uma das dualidades fundamentais da prática religiosa, a escolha entre um caminho de esforço próprio e um caminho baseado na esperança e na graça vinda de fora.

“O Esqueleto de uma Filosofia da Religião” se propõe discutir filosoficamente a existência da religião. Kiyozawa Manshi abre o livro com a proposta: “A questão de porque temos uma religião entre nós pode ser explicada de várias formas. Colocando de lado, no momento, as diferentes teorias sobre a origem da religião, dizemos que naturalmente temos uma faculdade ou propensão em nós para fazer surgir o que é chamado de religião. Esta faculdade ou propensão chamamos de faculdade religiosa”.

Ao oferecer a tradução desta obra para o público em língua portuguesa, nosso objetivo principal é colaborar com o diálogo entre Oriente e Ocidente, em seus campos da Filosofia e da Espiritualidade. A obra de Kiyozawa Manshi representa uma das primeiras tentativas originadas no Japão no sentido de tal diálogo, e delineia algumas de suas possíveis vias de comunicação. O Prefácio é de Ricardo Sasaki e a Introdução do Dr. Alfred Bloom.

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Um trecho da Introdução de Alfred Bloom

O período Meiji (1868-1912) foi uma época de grandes mudanças à medida que a sociedade japonesa encontrava a cultura ocidental. A incessante pressão para a modernização clamava por líderes hábeis que pudessem responder às suas repercussões em toda a sociedade e cultura. Tal homem no Buddhismo foi Kiyozawa Manshi (1863-1903).

O Buddhismo japonês foi profundamente afetado por tais mudanças. Não apenas ele teve que responder ao desafio das missões cristãs e de suas instituições educacionais, mas também teve que reagir à crítica social negativa e às restrições políticas que levaram até mesmo à destruição física de templos e imagens.

Reagindo a tais desafios, alguns acadêmicos promoveram interpretações nacionalistas do Buddhismo, mantendo fortemente a ideia de que o Buddhismo beneficiou a sociedade e a cultura japonesas através dos séculos. Outros atacaram o Cristianismo como algo inapropriado para o Japão, empregando recursos inspirados em críticos modernos ocidentais. Ainda outros, influenciados pelos métodos críticos ocidentais no estudo da religião, engajaram-se na pesquisa científica da linguagem, dos textos, da tradução e da história das ideias. Outra abordagem pode ser encontrada em Kiyozawa Manshi, o qual buscou revitalizar o Buddhismo enquanto fé viva e pessoal.

Kiyozawa se graduou em filosofia pela Universidade Imperial de Tóquio, onde foi aluno de Ernest Fenellosa (1853-1908), e aprendeu a filosofia dialética de G.W.Hegel. Kiyozawa foi muito influenciado por numerosos filósofos ocidentais como Spinoza, Hegel, Fichte, Schelling, Leibniz, Spencer e Lotze. Depois de se tornar um sacerdote shinshu, ele lealmente serviu o ramo Ōtani do Hongan-ji atuando em várias funções. Notavelmente ele se tornou o presidente da recentemente estabelecida Universidade Shinshū (mais tarde chamada de Universidade Ōtani), onde ensinou história da filosofia, bem como foi tutor do jovem que logo seria o abade. Ele combinou as funções de acadêmico, sacerdote, educador e reformador.


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