O que � o Buddhismo?

O Buddhismo � o ensinamento proveniente do Buddha e de seus disc�pulos despertos. Ele consiste basicamente de uma pr�tica de consci�ncia em nossas rela��es com o mundo, de uma pr�tica de concentra��o e equil�brio da mente, e de uma pr�tica de vis�o clara das realidades mais profundas e fundamentais.

O Buddha ou a Mente Desperta � o Mestre. O que o Buddha ensina � o Dhamma, a Verdade e o Caminho. Aqueles que seguem o Caminho e despertam para a Verdade s�o a Sangha, a Comunidade de Disc�pulos. O Buddha, o Dhamma e a Sangha s�o as Tr�s J�ias Preciosas do Buddhismo.

O Buddhismo � uma religi�o ou uma filosofia?

Essa � uma pergunta que freq�entemente se escuta. Se por "religi�o" entendermos um conjunto de dogmas e "verdades" j� prontas que devem ser cega e inquestionavelmente observadas e acreditadas, ent�o, o Buddhismo n�o ser� uma religi�o. Ou, se entendermos religi�o como um conjunto de rituais, cerim�nias e cultos, assim tamb�m o Buddhismo n�o ser� religi�o. Por outro lado, se por "filosofia" entendermos a atividade da raz�o e l�gica humanas, ou o estudo do produto desta atividade "racional", ent�o, ele n�o � uma filosofia.

O que, ent�o, � o Buddhismo?

O Buddhismo � o fruto de uma percep��o superior e aprofundada da realidade, percebida e experimentada por s�bios do passado, seguida e confirmada por experi�ncia pr�pria por outros s�bios que os seguiram, e confirm�vel tamb�m, por experi�ncia pr�pria, por todos aqueles que se disponham a seguir alguns dos caminhos por ele apontados com o genu�no amor pelo saber superior (filo-sofia) e com o sincero anseio por religar-se consigo mesmo e com o fundamento �ltimo de toda a natureza (religi�o vem do latim religare). Somente neste sentido podemos falar que � uma religi�o e uma filosofia.

A partir disto podemos seguir para a pergunta seguinte: qual o prop�sito do Buddhismo? Podemos responder a partir de v�rios n�veis. Falando do objetivo mais alto, podemos dizer que � a Ilumina��o e a Liberta��o. Estas duas palavras s�o como irm�s no Buddhismo.

Ilumina��o � a vis�o clara da realidade ou de sua ess�ncia. � a realidade interior de cada um de n�s, como tamb�m a realidade externa na medida em que nos relacionamos com ela. N�o significa conhecer "tudo" em um sentido quantitativo. Por exemplo, saber o n�mero de gal�xias no espa�o ou o nome de todos os �rg�os e conjuntos musculares do corpo humano, n�o � "saber" para o Buddhismo, mas mero ac�mulo de informa��es. Interessa, aqui, a qualidade. O que � de fato essencial ou fundamental para a vida, desde a vida cotidiana at� as suas dimens�es mais profundas.

Liberta��o � se ver livre de todas as amarras do condicionamento. Desde que nascemos, somos condicionados de in�meras maneiras, tanto positiva quanto negativamente. � preciso nos vermos livres de ambos. Existe algo semelhante no Antigo Testamento: "N�o comer da �rvore do Bem e do Mal". Isto significa se ver livre tanto do Mal, o que � �bvio, quanto do Bem condicionado e r�gido, oposto radical do mal. Para ser feliz e viver realmente, o Buddhismo prop�e libertar-se da dualidade, libertar-se do apego, do �dio e da ignor�ncia, ou ainda, libertar-se da ditadura do ego.

Para isto, � necess�rio compreender a Natureza das Coisas e as Leis Universais. Esta compreens�o leva � adequa��o a estas leis, que por sua vez leva � paz, e neste sentido podemos dizer que o prop�sito do Buddhismo � a Paz. Uma paz em todos os n�veis: interior, social, ecol�gico, c�smico e transcendente.

A se��o acima faz parte do cap�tulo 10 do livro O Caminho Contemplativo (Petr�polis: Vozes, 1995)

Quero ser buddhista, devo virar monge?

Uma no��o muito freq�ente entre aqueles que n�o conhecem muito o Buddhismo � a de que dos buddhistas comprometidos se espera que virem �monges�. Como s�o, muitas vezes, monges e monjas aqueles que aparecem mais freq�entemente na m�dia, cria-se essa impress�o no imagin�rio popular. Nada poderia ser mais distante da verdade entretanto. Mon�sticos (bhikkhu) e disc�pulos-laicos (upasaka), s�o duas op��es de vida, com suas vantagens e desvantagens. Um n�o � o desenvolvimento do outro, nem se espera que necessariamente as pessoas se tornem monges. E o Buddha tem ensinamentos adequados tanto para um quanto para outro estilo de vida. Quando algu�m se interessa pelo caminho buddhista, antes de qualquer tipo de entrada formal em seu sistema de treinamento, aconselha-se que o indiv�duo conhe�a suficientemente bem aquilo em que est� entrando. S� ent�o ele estaria mais em condi��es de passar por uma "inicia��o". Mas essa �inicia��o� � relativa a algo dentro do treinamento buddhista, e n�o algo que se fa�a �antes� de conhec�-lo. Para aquelas escolas buddhistas que incluem a medita��o em seu treinamento (pois algumas n�o prop�em a medita��o como pr�tica) h� um consenso geral de que se deveria fazer retiros, estudar o Dhamma, praticar individualmente e em grupo, e aplicar o entendimento na vida di�ria, como algumas das pr�ticas fundamentais. � assim que � no Buddhismo Theravada.

Bem-vindo ao site de budismo theravada da maior comunidade brasileira dessa linhagem budista. O centro budista nalanda � uma comunidade budista tradicional, comprometida com a transmiss�o s�ria dos valores budistas. Na escola do budismo theravada aprende-se o modo direto e completo dos ensinamentos originais do Buda, medita��o budista samatha e vipassana (vipassana vem de vi/de v�rias formas, penetrante & passana/ver = ou seja, ver de v�rias formas ou de forma aprofundada), meditar no dia a dia. Das escolas budistas antigas, a do budismo theravada � a �nica que existe at� os dias de hoje. � o budismo praticado na tail�ndia, sri lanka (ceil�o), birm�nia (myanmar), laos e camboja. O centro budista nalanda foi pioneiro em trazer os retiros budistas de vipassana e anapanasati para o Brasil e todas as atividades internacionais do budismo theravada no Brasil nos �ltimos 20 anos tiveram seu in�cio no centro Nalanda. Saiba mais sobre o Budismo!