~ Ven. Thanissaro Bhikkhu ~
Quando o Buddha disse a Ānanda que a totalidade da prática reside em ter um bom amigo, ele não estava dizendo algo reconfortante sobre a compaixão para com os outros. Ele estava apontando três incômodas verdades – sobre ilusão e confiança – que exigem poderes claros de julgamento.
A primeira verdade é que você não pode realmente confiar em si mesmo para ver por através de sua ilusão por conta própria. Quando você está iludido, você não sabe que você está iludido. Você precisa de ajuda confiável externa para apontar isso para você.
Este é o motivo porque, quando o Buddha aconselhou aos Kalamas a conhecerem a si mesmo, uma das coisas ditas que eles deveriam conhecer por eles mesmos era como pessoas sábias julgariam seu comportamento. Quando ele aconselhou seu filho, Rāhula, a examinar suas próprias ações da mesma forma como faria se estivesse diante de um espelho, ele disse que se Rahula visse que suas ações causavam qualquer dano, ele deveria conversar sobre elas com um amigo que conhecesse o caminho. Dessa forma ele poderia aprender como ser aberto com os outros – e consigo mesmo – sobre seus enganos e, ao mesmo tempo, provar do conhecimento que seu amigo havia adquirido. Ele não precisaria se manter reinventando a roda do dharma por conta própria.
Então, se você realmente quer se tornar hábil em seus pensamentos, palavras e ações, você precisa de um amigo de confiança ou um professor para apontar seus pontos cegos. E porque essas manchas são menos visíveis em seus hábitos inábeis, o principal dever de um amigo de confiança é apontar suas falhas – já que somente quando você enxerga seus defeitos, você pode corrigi-los – apenas quando você corrige seus erros, você está se beneficiando da compaixão do seu amigo em apontá-los.
Considere-o como alguém que aponta um tesouro,
O sábio que, ao ver suas faltas, o censura.
Permaneça com este tipo de sábio.
Pois quem permanece com um sábio desse tipo,
As coisas melhoram, não pioram — Dhp 76
Ao julgar suas falhas, um bom amigo é como um treinador. Uma vez, quando um treinador de cavalos veio ver o Buddha, o Buddha perguntou como ele treinava seus cavalos. O treinador disse que alguns cavalos respondiam a um treinamento suave, outros a um treinamento severo, outros exigiam um treinamento tanto severo quanto suave, mas se um cavalo não respondia a um dos tipos de treinamento, ele matava esse cavalo para manter a reputação de sua linhagem de professores. Em seguida, o treinador perguntou ao Buddha como ele treinava seus alunos, e o Buddha respondeu: “Da mesma forma”. Alguns alunos respondiam às críticas suaves, outros às críticas severas, outros a uma mistura das duas, mas se um aluno não respondesse aos dois tipos de crítica, ele mataria o aluno. Isso chocou o treinador de cavalos, mas o Buddha explicou o que ele entendia por “matar”: Ele não iria treinar mais o aluno, o que essencialmente mataria a oportunidade do estudante crescer na prática.
Assim, o primeiro pré-requisito na manutenção de um amigo admirável é estar disposto a ouvir a crítica, tanto doce como áspera. É por isso que o Buddha disse aos seus discípulos para não ensinar pelo dinheiro, a pessoa que paga determina o que é ensinado, e as pessoas raramente pagam para a crítica que eles têm de ouvir. Mas, mesmo se o professor está ensinando de graça, você enfrenta a segunda verdade pouco confortável do Buddha: Você não pode abrir o seu coração para qualquer um. Os nossos poderes de julgamento realmente têm poder, e porque aquele poder pode causar uma ajuda ou um dano de longo prazo, você tem que ter cuidado na escolha do seu amigo. Não caia na armadilha fácil de julgar ou não julgar – julgar, confiando em suas escolhas baseadas em gosto e desgosto; e não julgar, confiando que cada professor do dharma seria igualmente benéfico como uma guia. Em vez disso, esteja atento na escolha da pessoa, cujos juízos você vai tomar como os seus próprios.
Isto, claro, parece o Ardil 22: você precisa de um bom professor para ajudá-lo a desenvolver os poderes de julgamento, mas de poderes de julgamento bem desenvolvidos para reconhecer um bom professor. E embora não haja um caminho infalível para fora do ardil – apesar de tudo, você pode dominar um caminho infalível e ainda ser um tolo – há um caminho, se estiver disposto a aprender com a experiência. E felizmente o Buddha aconselhou sobre como desenvolver os poderes de julgamento para que se saiba o que procurar ao longo do caminho. De fato, as suas recomendações sobre como escolher um bom amigo são um exercício preliminar no discernimento: aprender a como desenvolver poderes de julgamento criteriosos, para que você, também, se torne um bom amigo, primeiro para si e depois para as pessoas ao seu redor.
O primeiro passo para ser judicioso é entender o que significa julgar de uma maneira útil. Pensem não em um juiz da suprema corte sentado em sua poltrona e dando um veredito final de culpado ou inocente, mas em uma professora de piano ouvindo vocês tocarem. Ela não está dando um veredito final acerca do seu potencial como pianistas. Em vez disso, ela está julgando um trabalho em progressão: ela ouve sua intenção para a performance, a sua execução de tal intenção e então decide se isso funciona. Se não funciona, ela tem que ter clareza se o problema está na intenção ou na execução, fazer sugestões úteis e então deixar que vocês tentem de novo. Ela repete esse processo até estar satisfeito com a performance de vocês. O princípio importante é que ela nunca dirige seu juízo a vocês enquanto pessoas. Em vez disso, ela tenta estar atenta para suas ações e buscar melhores meios para elevá-las a um padrão cada vez mais elevado.
Ao mesmo tempo, você está aprendendo com ela a julgar o seu próprio desempenho: pensando com mais cuidado sobre a sua intenção, ouvindo com mais cuidado a sua execução, desenvolvendo padrões mais elevados para que aquilo funcione, e aprendendo a ir além de considerar apenas técnicas conhecidas para melhorar. O mais importante de tudo, é você estar aprendendo a concentrar seu julgamento baseando-se em seu desempenho, e não em si mesmo. Desta forma, quanto menos você tiver investido em seus hábitos, mais preparado você estará em reconhecer práticas inábeis e abandoná-las em favor das mais hábeis.
Claro, quando você e sua professora estão avaliando seu avanço num aspecto particular, isto faz parte de um processo mais extenso de avaliação a respeito de se a relação está funcionando. Ela tem que avaliar, ao longo do tempo, se você está sendo beneficiado com as orientações, assim como você faz. Mas, novamente, nenhum dos dois está julgando o mérito da outra pessoa. Ela está simplesmente decidindo – baseada em seu progresso – se merece continuar tendo você como aluno. Você está avaliando em que extensão as recomendações dela realmente ajudam seu desempenho mais efetivamente. Se qualquer um de vocês decide terminar a relação, não deverá ser por ela ser uma má professora ou você um mau aluno, mas simplesmente porque ela não é a professora para você, ou você não é o estudante para ela.
Da mesma forma, quando você está avaliando um professor de dharma em potencial, lembre-se de que não há um Julgamento Final no Buddhismo. Você quer alguém que avaliará suas ações como um trabalho em andamento e você deve aplicar o mesmo critério para ele ou ela. E você não está tentando assumir uma postura sobre-humana de aferir o valor essencial da pessoa. Você está simplesmente julgando se suas ações possuem os tipos de habilidades que você gostaria de desenvolver e os tipos de qualidades mentais – que também são um tipo de ação – que você confiaria em um treinador ou guia. Afinal, a única maneira de conhecer qualquer coisa a respeito de alguém é através de suas ações, então é até aí que nosso julgamento pode se estender.
Ao mesmo tempo, porém, porque estamos julgando se queremos internalizar padrões de outra pessoa, não é injusto julgar o que eles estão fazendo. É para nossa própria proteção. E é para nossa proteção que o Buddha recomendou a busca por duas qualidades em um professor: sabedoria e integridade. Avaliar essas qualidades, porém, requer tempo e sensibilidade, que é porque o Buddha também aconselha que você esteja disposto a passar tempo com a pessoa e tentar ser muito observador do modo de agir da pessoa.
Uma vez, quando o rei Pasenadi foi visitar o Buddha, um grupo de ascetas nus passou por perto. O rei aproximou-se, pôs-se em um joelho e ofereceu-lhes homenagem. Em seguida, ele voltou-se para o Buddha e perguntou: “São aqueles ascetas dignos de homenagem?” O Buddha respondeu que só se poderia responder arrazoadamente a essa pergunta depois de ter-se passado algum tempo com eles, e somente se fosse realmente observador. O rei elogiou a precaução do Buddha e acrescentou: “Aqueles homens são na verdade meus espiões. Eles estão voltando de ter sondado o inimigo, e em breve – após o banharem-se e vestirem-se – estarão de volta a divertirem-se com suas esposas”. Assim, você não pode julgar as pessoas apenas pelas primeiras impressões. A aparência de sabedoria é fácil de falsificar. No passado, as pessoas ficavam impressionadas com austeridades extremas; no presente os anúncios de livros de dharma e retiros mostram que somos atraídos por outros critérios superfíciais, mas o princípio é o mesmo.
Para economizar tempo e dor desnecessária na busca, no entanto, o Buddha observou quatro sinais iniciais de alerta que mostram que os professores em potencial não têm a sabedoria ou a integridade para merecer confiança. Os sinais de alerta para falsa sabedoria são dois: o primeiro é quando as pessoas não mostram gratidão pela ajuda que receberam – e isso se aplica especialmente à ajuda de seus pais e professores. Pessoas sem gratidão não prezam pela bondade, não valorizam o esforço em ser útil e, assim, provavelmente não farão um esforço semelhante. O segundo sinal de alerta é que eles não mantêm o princípio do karma. Eles, ou negam que temos liberdade de escolha, ou ensinam que uma pessoa pode limpar o karma ruim passado de outra pessoa. Pessoas desse tipo provavelmente não farão o esforço para serem verdadeiramente hábeis e, assim, são guias não confiáveis. Falta de integridade também tem dois sinais de alerta. O primeiro é quando as pessoas não sentem vergonha em contar deliberadamente uma mentira. Como o Buddha disse uma vez: “Não há mal que essa pessoa não possa fazer”. O segundo sinal de alerta é quando elas não conduzem argumentos de uma maneira justa e honesta: deturpam as posições de seus adversários, atacando o menor lapso do outro lado, não reconhecendo os pontos válidos do outro lado. Com pessoas desse tipo, disse o Buddha, nem sequer vale a pena conversar, muito menos tomá-los como professores.
Quanto às pessoas que não exibem precocemente esses sinais de alerta, o Buddha deu conselhos sobre como medir a sabedoria e a integridade de suas ações ao longo do tempo. Uma questão que ele colocaria seria vocês se perguntarem se as ações de um professor denunciariam alguma ganância, raiva ou ilusão que o faria alegar conhecimento de algo que não conhece, ou dizer a outra pessoa para fazer algo que vai contra os interesses dela. Para testar a sabedoria de um professor, o Buddha aconselhou que se observasse como um professor em potencial responde às perguntas sobre o que é ou não hábil, e quão bem ele ou ela lida com a adversidade. Para testar a integridade, vocês devem procurar virtude nas atividades diárias e pureza na forma como o professor lida com os outros. Essa pessoa cria desculpas para quebrar os preceitos, rebaixando-os ao seu nível de comportamento, ao invés de elevar o seu comportamento ao nível dos preceitos? Ele, incorretamente, se aproveita das outras pessoas? Se assim for, melhor seria encontrar outro professor.
Contudo, aqui é onde entra a terceira verdade desconfortável mostrada pelo Buddha: vocês não podem ser um juiz justo da integridade de outra pessoa até que desenvolvam a sua própria integridade. Essa é provavelmente a verdade mais desconfortável de todas, porque requer que assumam a responsabilidade pelos seus julgamentos. Se quiserem testar o potencial de outras pessoas para uma boa orientação, terão que passar por alguns testes primeiro. Novamente, é como ouvir um pianista. Quanto melhor pianista vocês forem, maior será sua capacidade para julgar o desempenho de outra pessoa ao piano.
Felizmente, o Buddha também deu orientações em como desenvolver integridade, não requerendo que já se seja uma pessoa inerentemente boa. Tudo o que se requer é uma medida de confiabilidade e maturidade: a percepção de que suas ações fazem toda a diferença em sua vida, assim você deve tomar cuidado em relação a como você age, em relação à sua disposição de admitir erros, ambos para você mesmo e para os outros, e em relação à sua disposição para aprender com seus erros, para que não continue repetindo-os. Assim como o Buddha ensinou a Rahula, antes que você aja em pensamento, palavra ou ação, olhe para os resultados que espera de sua ação. Se for machucar a você ou a qualquer outra pessoa, não o faça. Se você não enxerga qualquer dano, vá em frente e aja. Enquanto o faz, verifique se não está causando qualquer dano não previsto. Se estiver, pare. Se não, continue até acabar. Após a conclusão, tente enxergar os resultados de longo prazo da sua ação. Se esta irá gerar qualquer dano, fale com outra pessoa que esteja no caminho, desenvolva um sentimento de vergonha em relação ao erro e se comprometa a não repeti-lo. Se não causou qualquer dano, alegre-se com esse fato e continue praticando. Conforme for praticando dessa forma, você irá aprender, de maneira saudável, quatro princípios importantes sobre o exercício do julgamento. Primeiro você estará julgando suas ações, não você mesmo. Se você aprender a separar a sua percepção de si das suas ações, você estará mais propenso a admitir seus próprios erros e será menos defensivo quando outros os apontarem a você. Esse princípio também se aplica à noção de vergonha que o Buddha recomenda que você sinta em relação aos seus erros. Não é direcionado a você, mas à sua ação – é o tipo de vergonha que uma pessoa de autoestima alta que percebe que fez algo baixo para ela, e não quer fazê-lo novamente. Esse tipo de vergonha não é debilitante. Ela simplesmente nos ajuda a lembrar da lição que aprendemos.
Isto se relaciona com o segundo princípio importante sobre o julgamento saudável: aquele que requer vigilância (mindfulness) no sentido original do termo: manter algo na mente. Vigilância desse tipo é essencial para desenvolver o julgamento, pois ajuda na recordação das lições aprendidas durante a vida, sobre o que funciona e o que não funciona. Porque damos o nosso melhor a tentar esquecer os nossos erros, nós temos que repetidamente relembrar as lições que aprendemos sobre esses erros, de forma a que não tenhamos que os reaprender uma e outra vez.
Algumas vezes ouvimos que a vigilância é definida como um estado mental de não julgamento, mas não é essa a maneira como o Buddha a entendeu. Frequentemente, ele a compara a um porteiro no sentido de que ajuda a julgar o que deve e não deve ser feito: “Tal como o forte real situado na fronteira tem um porteiro – sábio, experiente e inteligente -, que mantém fora aqueles que não conhece e deixa entrar aqueles que conhece, para a proteção dos que estão dentro, da mesma maneira um discípulo dos nobres é vigilante, muito minucioso, que recorda e é capaz de trazer à mente coisas que foram ditas ou feitas há muito tempo. Com a vigilância como o seu porteiro, o discípulo dos nobres, abandona o que não é hábil, desenvolve o que é hábil, abandona o que é culpável, desenvolve o que é sem culpa, e cuida-se com pureza.” – AN 7:63.
Assim, a observação vigilante, na verdade, desempenha um papel essencial no desenvolvimento de nosso poder de julgamento. Enquanto continuam tentando aplicar as lições que aprenderam, vocês descobrem o terceiro princípio sobre o julgamento saudável: que as lições que aprendem com os seus erros, se vocês agirem sobre elas, realmente faz diferença. O momento presente não é tão arbitrariamente novo que as lições de ontem são inúteis hoje. Vocês podem continuar encontrando novas nuances em como aplicar as lições do passado, mas as linhas gerais de como o sofrimento é causado e como ele pode ser encerrado sempre permanecerá a mesma. O quarto princípio é que vocês aprendem como tirar partido dos julgamentos dos outros. Quando escolhem uma pessoa para confiar, vocês querem estar abertos às críticas dessa pessoa, mas vocês também querem testar as suas sugestões de melhoria. Como o Buddha disse a sua tia, Gotamī, vocês podem testar o dharma genuíno vendo os resultados que ele dá quando colocado em prática. Se ele leva a qualidades admiráveis como ser imparcial, modesto, contente, enérgico e fácil de ser sustentado, isso é a coisa genuína. A pessoa que ensina a vocês esse dharma passou pelo menos por aquele teste de ser um amigo genuíno. E você está aprendendo mais e mais como julgar por si mesmo.
Algumas pessoas discordam que seja egoísta se concentrar em encontrar amigos que possam nos beneficiar, e que seja desumano manter as pessoas em teste para ver se elas se encaixam nesse propósito. Mas elas se esquecem de algo. Os benefícios que vêm com esse tipo de amizade não acabam em você, e ao testar seu amigo você também está se testando. Quando você assimila as qualidades de um amigo admirável, você se torna o tipo de pessoa que pode oferecer amizade admirável para os outros. Mais uma vez, é como se exerce com uma boa professora de piano. Conforme você melhorar como pianista, você não é o único que poderá desfrutar de sua música. Quando melhor você fica, mais alegria você traz para os outros. Quanto melhor você compreender o processo de tocar o instrumento, mais poderá ensinar melhor a qualquer um que sinceramente queira aprender com você. É assim que linhagens de ensino de alto calibre se estabelecem para o benefício do mundo.
Assim, quando vocês procuram por um amigo admirável, vocês estão se aproximando de uma longa linhagem de amigos admiráveis que remonta ao Buddha, e ajudando-a a se estender para o futuro. Ingressar nessa linhagem pode exigir a aceitação de algumas verdades incômodas, tais como a necessidade de aprender com as críticas e assumir a responsabilidade por suas ações. Mas se vocês estão prontos para o desafio, vocês aprendem a ter esse poder humano de discernimento – que, quando não treinado, pode facilmente causar danos – e treiná-lo para o bem maior.
Traduzido pelo Grupo de Tradução do Centro Nalanda
com a permissão do autor
© 2012 Edições Nalanda
Nota: “Cabeça & Coração” é uma coletânea de escritos do Ven. Ajahn Thanissaro, traduzidos com exclusividade pela equipe de tradução do Centro de Estudos Buddhistas Nalanda.
* Se você tem habilidades linguísticas e gostaria de traduzir e dispor suas traduções em nossa sala de estudos para que mais pessoas possam ter acesso aos ensinamentos do Dhamma, nós o/a convidamos para entrar em contato conosco. Precisamos de tradutores do espanhol, inglês, alemão e outras línguas.
Thanissaro Bhikkhu
Thanissaro Bhikkhu, também conhecido como Ajahn Geoff, nasceu em1949 e é um monge buddhista americano da Ordem Dhammayut (Dhammayutika Nikaya), da tradição das florestas da Tailândia. Atualmente é o abade do Metta Forest Monastery em San Diego. Thanissaro Bhikkhu é um prolífico autor e tradutor de muitos livros.
Muuuito bom!!
Abraços!
Marcelo
Caxias do Sul/RS
Professor Sasaki,
Minha observação-que pode ser falha-mostra que os relacionamentos a médio e a longo prazo nos quais os atos libidinosos são um elemento importante entre as pessoas que se relacionam machucam em algum momento e em algum grau essas pessoas.
Citando o texto acima,”como o Buddha ensinou a Rahula, antes que você aja em pensamento, palavra ou ação, olhe para os resultados que espera de sua ação. Se for machucar a você ou a qualquer outra pessoa, não o faça. ”
Olhando dessa forma, parece que eu não deveria procurar esse tipo de relacionamento.
Por outro lado, não ter um relacionamento onde o desejo sexual e os atos libidinosos seja importante é sofrimento para mim.
Parece que ter um relacionamento em que o sexo seja importante tem muita chance de machucar a mim mesmo e à outra pessoa; e não ter esse relacionamento me faz sofrer com certeza.
Então, quer eu aja quer eu me abstenha de agir, provocarei sofrimento e quebrarei o espírito dos preceitos.
Como sair desse dilema?
Mãos em prece,
José Elias
Muito bom o texto. Ótima reflexão sobre a questão da amizade e do julgamento e que, sobretudo, nos indica cominhos interessantes para praticar.
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